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Na última semana, dia 04/10/24, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi palco de uma atividade enriquecedora e inclusiva: a trilha botânica organizada pelo Programa Universidade Aberta à Pessoa Idosa (UnAPI/UFMS). Voltada para os idosos, a trilha proporcionou uma imersão na flora local, guiada por monitores estudantes da universidade, oferecendo uma experiência única de aprendizado e troca de saberes.

Com cerca de 1,5 km de percurso e 16 pontos de observação, a trilha tem como principal objetivo demonstrar como as plantas conquistaram e se mantiveram no ambiente terrestre, além de explorar suas adaptações aos diferentes ecossistemas. Guilherme Duarte, aluno de biologia e monitor da trilha, destaca: “Durante o trajeto, falamos sobre a evolução das plantas, suas adaptações e também identificamos diversas espécies. É uma oportunidade de unir ensino e conservação, além de reforçar a importância desses grupos vegetais para o Cerrado e para o ecossistema como um todo.”

Ao longo do percurso, os participantes não só aprendem sobre as características e identificação das plantas, como também são envolvidos em discussões sobre educação e conservação ambiental. “Mesmo com os desafios de acessibilidade, como subidas e descidas, a interação com os idosos foi incrível. Eles foram muito participativos, observadores e interessados, o que tornou a trilha ainda mais especial”, diz Guilherme.

Um dos pontos mais marcantes da trilha foi a troca de experiências entre monitores e participantes. “Uma senhora comentou que a natureza oferece uma energia boa, e é sempre bom estar em meio a ela. Isso realmente me tocou, porque reforça o quanto a conexão com o ambiente natural pode ser transformadora, especialmente para os idosos, que demonstraram grande entusiasmo em participar de aventuras como essa”, compartilha o monitor.

Além de promover o contato com a natureza, a atividade também reforça a importância de um envelhecimento ativo, proporcionando bem-estar físico e mental. O projeto, que ainda está em fase de aprimoramento para se tornar mais acessível, é visto como uma ferramenta fundamental para conectar diferentes gerações e democratizar o conhecimento acadêmico. “A trilha tem muito potencial, e nosso próximo passo é torná-la acessível para todos os públicos. Queremos que todos possam aproveitar e aprender com essa experiência, independente das limitações de locomoção”, conclui Guilherme.

A trilha botânica é apenas uma das diversas iniciativas do UnAPI, que busca integrar a comunidade idosa à vida acadêmica e social da UFMS, promovendo não só o aprendizado, mas também a valorização e inclusão dessas pessoas em atividades que estimulam o bem-estar e o conhecimento.