Ação inédita une UFMS, Prev-Fogo e comunidade Kadiwéu no plantio de pau-santo para restauração socioecológica

Postado por: HENRIQUE BATISTA DE JESUS

Neste verão, a equipe do Laboratório de Ecologia e Intervenção da UFMS (LEI-UFMS), realizou atividades práticas de semeadura, produção de mudas e plantio da espécie ameaçada de extinção, o pau-santo nas aldeias Barro Preto, Alves de Barros e Tomazia envolvendo jovens, crianças, idosos e adultos Kadiwéus, com o apoio dos brigadistas do Prev-Fogo/IBAMA. As atividades foram realizadas em áreas prioritárias para restauração anteriormente detectadas pela equipe no artigo intitulado Fire-sensitive and threatened plants in the Upper Paraguay River Basin, Brazil: Identifying priority areas for Integrated Fire Management and ecological restoration”como também na sede das brigadas e escolas. Projeto contando com o apoio financeiro do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) e administração financeira da Fapec.

A união promovida pela ação gerou repercussão nas mídias, havendo compartilhamento da Ministra do Meio ambiente, Marina Silva, em suas redes sociais, destaque em portais de notícia local como o Campo Grande News e Edição MS, como também no site oficial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Plantio inédito de Pau-Santo na TI Kadiweu MS

Foto: Divulgação IBAMA/MS

O Pau-santo é uma planta originaria do bioma Chaco, que abrange Argentina, Bolívia, Paraguai e uma pequena área no Brasil, na região de Porto Murtinho (MS). A escolha para a produção de mudas e plantio da espécie foi feita numa tentativa de analisar o comportamento de restauração e impacto para o enriquecimento ambiental nas regiões, com a avaliação do crescimento da espécie ameaçada de extinção. Além disso, houve também plantio de Cedro, aumentando ainda mais os esforços de restauração ambiental em áreas prioritárias afetadas por incêndios florestais recorrentes, escolhidas a partir de estudos feitos durante três anos pela equipe do LEI-UFMS.

A iniciativa demonstra que a restauração socioecológica vai além da recuperação ambiental — ela fortalece laços entre ciência e comunidade, inspira novas gerações e cria soluções sustentáveis para os desafios ambientais. O envolvimento das populações locais e o apoio institucional reforçam a importância de ações conjuntas para a conservação da biodiversidade brasileira. Com esforços contínuos, projetos como esse não apenas restauram ecossistemas, mas também cultivam um futuro mais resiliente e equilibrado para as próximas gerações.