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Os acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da UFMS, Mely Garcia, Guilherme Meins e Maykon Lopes, sob a orientação da professora Dra. Rosani Arruda, realizaram no dia 27 de setembro de 2024 a oficina “Talleres botánicos utilizando frutos nativos del Cerrado, Chaco y Pantanal: conociendo las potencialidades didácticas de nuestra flora” durante o XII Congreso Latinoamericano de Enseñanza de la Biología y la Educación Ambiental, em Bogotá, Colômbia.

A oficina apresentou frutos nativos dos biomas Cerrado, Pantanal e Chaco, além de produtos derivados, como farinhas especiais. Materiais didáticos como folders, cartilhas, livros de receitas e amostras do manual “De A a Z do Pantanal e Cerrado” foram expostos. Realizada no Laboratório de Biologia da Universidad Pública de Kennedy, a atividade contou com a participação de aproximadamente 25 pessoas da comunidade acadêmica.

A iniciativa teve apoio da PROPP-UFMS, do Projeto de Extensão Sabores do Cerrado e Pantanal, Trilha Rupestre, Nefau PELD e FACFAN.

Mely Garcia, uma das palestrantes destacou a importância do evento “ Ter a oportunidade de levar esse projeto até Bogotá foi uma realização não só pessoal do grupo, mas também uma vitória para a divulgação da nossa rica biodiversidade. Ver o interesse dos participantes e a curiosidade despertada pela flora nativa do Cerrado, Chaco e Pantanal mostra que estamos no caminho certo ao integrar ciência, educação e cultura. A troca de experiências com os participantes, vindos de diferentes realidades, ampliou ainda mais o alcance do nosso trabalho, reforçando o potencial das nossas plantas como ferramentas de ensino e conscientização ambiental.”

Participantes também destacaram a relevância do evento. Diblay Hernández, estudante da Universidad Pedagógica de Kennedy, comentou: “Todo fue muy bonito, conocer otras culturas, fauna y flora de otro país siempre es bienvenido”. Catalina Baez, da Universidad Pedagógico Nacional, ressaltou: “Todo el taller fue muy interesante y importante la información”. O grupo planeja realizar a oficina no 74° Congresso Nacional de Botânica em Brasília-DF ainda em 2024, assim como a apresentação no X Congreso Latinoamericano de Agroecología em Asunción-PY, além de continuar com a exposição dos frutos nas escolas. Há planos também de levar o projeto para o formato digital, com a criação de um aplicativo, vídeos e ações para sensibilizar sobre os biomas Cerrado e Pantanal, além de promover o reconhecimento do Chaco como o sétimo bioma brasileiro.

Maykon Lopes, um dos palestrantes, avaliou a oficina de forma muito positiva: “O método foi expositivo e dialogado, promovendo um espaço de interação com os participantes”. A oficina foi dividida em três momentos: introdução teórica sobre os frutos e suas potencialidades, demonstração prática das aplicações alimentícias, didáticas e científicas, e uma dinâmica interativa com um quiz via Kahoot.

Foi gratificante ver o interesse dos participantes pelos frutos nativos dos nossos biomas, como Cerrado, Pantanal e Chaco, e poder compartilhar produtos derivados e materiais didáticos que destacam a importância dessas plantas. A interação durante a oficina, especialmente o quiz via Kahoot, trouxe um clima descontraído e colaborativo, permitindo uma troca valiosa de conhecimentos.

Além disso, o retorno positivo dos participantes reforçou o valor do nosso trabalho. O interesse em conhecer mais sobre nossa biodiversidade e a aplicação prática das informações demonstrou o impacto que essa atividade pode ter, tanto na academia quanto em espaços educativos. Esse foi um marco importante para o nosso projeto, e estamos motivados a continuar, levando a oficina para novos eventos e explorando formatos digitais que possam alcançar ainda mais pessoas.

O contato direto com estudantes, professores e profissionais da área nos mostrou o quanto a biodiversidade dos nossos biomas desperta interesse em diferentes públicos. Apresentar os frutos e produtos derivados, como as farinhas especiais, e discutir as aplicações alimentícias, científicas e didáticas desses recursos foi um dos pontos altos. Os materiais que levamos, como folders, livros de receitas e o manual “De A a Z do Pantanal e Cerrado”, enriqueceram a experiência dos participantes, que puderam levar informações valiosas para suas próprias práticas educacionais.

Nos dias 28, 29 e 30 de outubro de 2024, o projeto será apresentado em três cidades do interior de Mato Grosso do Sul: Bandeirantes, Jaraguari e Camapuã, em parceria com a Trilha Rupestre. Essas apresentações reforçam o compromisso da equipe com a divulgação científica e ambiental, expandindo o alcance do projeto para novas comunidades.

Texto por: Maykon Lopes Cabral.

Fotos: arquivo pessoal.