Idosos da UnAPI vivenciam natureza e conhecimento em Trilha de Observação de Aves
Na sexta-feira, 18 de outubro, o Clube Acadêmico de Observação de Aves da UFMS (CAOA) realizou uma trilha especial para os idosos do programa Universidade Aberta à Pessoa Idosa (UnAPI), proporcionando uma experiência de observação de aves no campus da universidade. A atividade foi uma oportunidade única para promover o contato com a fauna local, enquanto os participantes compartilharam histórias e conhecimentos sobre a natureza.
Foto: Acervo Pessoal
Os monitores Lucas Casanova e Mateus Almeida, que conduziram o grupo durante a atividade, destacaram o entusiasmo e a curiosidade dos idosos. “Foi uma experiência muito gratificante, eles estavam cheios de energia e dispostos a aprender mais sobre as aves e o ambiente ao nosso redor”, comentou Lucas. “Além disso, muitos trouxeram valiosas contribuições sobre as plantas e as aves, com base em suas vivências em áreas rurais”, acrescentou Mateus.
A observação de aves, organizada regularmente pelo CAOA, visa reconectar as pessoas com o meio ambiente e promover a conscientização sobre a preservação da natureza. “A atividade com a UnAPI foi fundamental para reaproximar os idosos da natureza, algo que muitas vezes se perde devido à urbanização”, explicou Lucas. Ele ressaltou que a observação de aves não só desperta um maior interesse pela fauna, mas também incentiva a reflexão sobre a importância da conservação ambiental.
Um dos momentos de maior interação ocorreu no Lago do Amor, quando o grupo avistou uma biguatinga: “Os idosos ficaram fascinados pela forma como a ave saía da água, comparando-a com uma cobra. Foi um ponto alto da trilha, com muitas perguntas sobre seu comportamento e anatomia”, relatou Mateus.
Foto: Lucas Ribas Casanova
Durante a caminhada, houve também uma rica troca de experiências entre os participantes. Ao identificar diferentes plantas e aves, os idosos relembravam suas vivências no campo, compartilhando histórias sobre como utilizavam as plantas para fins medicinais e como chamavam determinadas espécies de aves em suas regiões. “Essa troca cultural foi extremamente enriquecedora para nós, que crescemos em um ambiente mais urbano”, comentou Mateus.
Suiriri-de-garganta-branca (Tyrannus albogularis) – Foto: Lucas Ribas Casanova
A atividade proporcionou inúmeros benefícios físicos e mentais aos participantes, incentivando a interação social e promovendo o bem-estar. “Foi maravilhoso ver os idosos tão felizes e engajados, sempre rindo e interagindo. Mesmo aqueles com limitações físicas participaram ativamente, o que mostra a importância de promover esse tipo de atividade ao ar livre”, destacou Lucas.
Apesar das dificuldades impostas pelo terreno, que estava escorregadio devido à chuva, a equipe garantiu a segurança de todos. “Ficamos atentos para evitar qualquer risco, mas a animação dos participantes superou qualquer obstáculo”, observou Mateus. Para futuras edições, ele sugeriu melhorias na infraestrutura e acessibilidade para garantir que todos possam participar confortavelmente.
Anu-preto (Crotophaga ani) – Foto: Lucas Ribas Casanova
O CAOA já planeja organizar novas trilhas em parceria com a UnAPI, visando ampliar essa experiência de reconexão com a natureza. “Ficamos muito satisfeitos com o resultado desta atividade e estamos ansiosos para repetir com outros grupos, pois o retorno positivo dos idosos foi notável”, finalizou Mateus.
Foto: Lucas Ribas Casanova
A trilha de observação de aves é uma das várias ações promovidas pela UnAPI, que visa inserir a comunidade idosa na vida acadêmica e social da UFMS. Além de proporcionar momentos de conexão com a natureza, essas atividades incentivam o aprendizado contínuo e a troca de saberes entre os participantes, valorizando a inclusão dos idosos em práticas que estimulam o bem-estar, a saúde e o fortalecimento das relações intergeracionais.